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Mídia

Projeto de usina de dessalinização em Fortaleza acende temor de operadoras de "apagão" da internet no Brasil

Cabos de fibra ótica europeus, que passam pela cidade antes de seguir para o Rio de Janeiro e São Paulo, respondem por 99% do tráfego de dados no país

Cabo submarino em Sines, Portugal, atende operadoras em todo o Brasil e país pode ficar sem internet caso ele seja rompido (Foto: Divulgação/EllaLink)
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247 - O projeto de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE), colocou em campos opostos o fornecimento de água potável para atender as necessidades da população e a estabilidade da internet em todo o Brasil por causa do temor das empresas de telecomunicações de que os cabos submarinos que conectam o Brasil à Europa sejam danificados.

De acordo com o G1, informações da Anatel apontam que “Fortaleza é pioneira ao receber cabos de fibra ótica europeus, encurtando a distância digital entre o Brasil e a Europa. Esses cabos, que passam pela cidade antes de seguir para o Rio de Janeiro e São Paulo, respondem por 99% do tráfego de dados no país.

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A agência reguladora emitiu uma recomendação contrária à instalação do projeto da usina de dessalinização, alertando que o rompimento dos cabos poderia deixar o país desconectado ou com uma conexão extremamente lenta. “A medida parou o andamento do projeto. A estimativa agora é que a entrega da usina atrase em pelo menos seis meses. A previsão inicial era de que a usina teria as operações iniciadas em 2025”, destaca a reportagem.

A construção da usina, liderada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), visa aumentar em 12% a oferta de água na Grande Fortaleza. O Consórcio Águas de Fortaleza venceu o edital para o projeto, com um investimento previsto de R$ 3,2 bilhões.

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O diretor-presidente da Cagece, Neuri Freitas, assegurou que medidas foram tomadas para mitigar o risco aos cabos submarinos, incluindo o aumento da distância, de 40 para 500 metros, entre os cabos e outras estruturas. Os investimentos nos ajustes são orçados entre R$ 35 e R$ 40 milhões.

A expectativa agora é que as alterações propostas pela Cagece conduzam à revisão da medida pela Anatel, desbloqueando o andamento do projeto e conciliando os interesses em jogo.

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