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Brasil

Apontado na Spoofing como braço da Lava Jato, Josias de Souza ataca Conjur

Denúncias apontaram negociações do colunista com procuradores para atacar o presidente Lula. "O site veiculou um lote de mentiras", disparou o jornalista sobre o Consultor Jurídico

Josias de Souza (Foto: Reprodução (Youtube))
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247 - Em coluna publicada no portal Uol, o jornalista Josias de Souza atacou o site Consultor Jurídico (Conjur) após a publicação da reportagem apontando que procuradores da Operação Lava Jato fizeram negociações com o colunista, com a Globo e com a apresentadora Miriam Leitão para divulgar informações contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018. Em novembro daquele ano, promotores denunciaram o petista por suposta lavagem de dinheiro em um negócio na Guiné Equatorial.

"Só há uma coisa pior do que o jornalismo primário", disparou Josias de Souza. "É o jornalismo inocente, que separa o joio do trigo e publica o joio. Foi o que ocorreu com a 'revista eletrônica' Consultor Jurídico. Cavalgando mensagens reveladas pela Vaza Jato, o site veiculou um lote de mentiras no último sábado (30)", escreveu. 

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"A hipotética notícia insinuou que os procuradores da força-tarefa negociaram com jornalistas a divulgação de informações sobre denúncia formulada contra Lula. O pressuposto era o de que os destinatários dos dados, entre eles o signatário desta coluna, desceriam 'a lenha' no acusado. O perigo da imprensa inocente é tropeçar na meia verdade e publicar exatamente a metade que é mentirosa. Quando uma publicação chamada Consultor Jurídico faz isso com ares de quem presta consultoria sobre ética jornalística, a fatura fica realmente exposta", acrescentou.

As irregularidades da Lava Jato ganharam mais repercussão a partir de 2019, quando começaram a ser publicados na imprensa nacional trechos de conversas entre o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores do MPF-PR. De acordo com os diálogos, o parlamentar, ex-juiz de primeira instância jurídica, no município de Curitiba (PR), interferia na elaboração de denúncias, que devem ser feitas por promotores, para, em seguida, o magistrado decidir se condena ou absolve a pessoa investigada. 

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Nos anos seguintes, houve derrotas para a Lava Jato no Poder Judiciário. Em 2021, ministros do Supremo Tribunal Federal declararam a suspeição de Moro nos processos contra Lula, que teve os direitos políticos devolvidos. Em 2022, o ex-juiz foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, em consequência, disputou a eleição para senador no Paraná. 

Em março do ano passado, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinaram ao ex-procurador Deltan Dallagnol o pagamento de R$ 75 mil ao presidente Lula por dano moral após o atual ocupante do Planalto ser denunciado sem provas por representantes do MPF-PR no processo do triplex na cidade de Guarujá (SP) em 2016. Ao apresentar a denúncia naquele ano, o procurador Henrique Pozzobon afirmou "não teremos aqui provas cabais" de que o petista recebeu o apartamento como propina da empreiteira OAS. Em maio de 2023, ministros do STF mantiveram a decisão do STJ. 

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Em entrevista ao 247, o advogado Roberto Bertholdo, perseguido pelo ex-juiz Sergio Moro, confirmou as revelações do Tony Garcia, de que integrantes do Judiciário participaram da chamada "festa da cueca", com garotas de programa, em Curitiba (PR). 

De acordo com o empresário, procuradores da chamada "República de Curitiba" tinham conhecimento da "festa da cueca" envolvendo desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS), onde são julgados os processos da segunda instância jurídica na Lava Jato. Segundo o depoimento de Garcia disse que Moro usou o evento, para chantagear membros do TRF4. O atual parlamentar, supostamente, teria as gravações. A chantagem seria para que magistrados do tribunal atendessem a interesses do ex-juiz. 

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Durante entrevista ao 247 em junho, o empresário disse ter sido instruído na Lava Jato a dar uma entrevista à Veja e fornecer à revista informações que pudessem comprometer a carreira do ex-ministro José Dirceu (PT). O delator afirmou que, a mando de Sergio Moro, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia afirmou que Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira".

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