Desmentido, Heleno se altera, tenta se defender e se diz vítima de "acusações falsas"

247 - Após ser desmentido durante depoimento à CPMI dos Atos Golpistas nesta terça-feira (26), o general da reserva do Exército Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), mostrou irritação e tentou se defender, se dizendo vítima de “acusações falsas”. >>> Heleno mente à CPMI ao dizer que Cid não participava de reuniões de Bolsonaro com as Forças Armadas

No início do depoimento, Heleno negou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, participava de reuniões do ex-mandatário com chefes das Forças Armadas. Isto porque em delação premiada à Polícia Federal, Cid afirmou que Bolsonaro levou aos comandantes das Forças Armadas uma proposta de golpe de estado no final de 2022, após derrotados nas urnas pelo presidente Lula (PT). Acontece que uma foto divulgada pelo Palácio do Planalto, em 2019, mostra que tanto Heleno quanto Cid participavam sim de reuniões de Bolsonaro com os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. >>> Mauro Cid entrega Bolsonaro e diz que ele consultou militares sobre golpe

“O coronel Mauro Cid, nessa oportunidade, estava sentado atrás, esperando, inclusive, se houvesse alguma necessidade do presidente de ligar para alguém, alguém liga… Essa é a missão do presidente de ordem, ele não dá palpite em uma reunião dessa. Ele não levanta o braço ‘presidente, eu quero falar’. Isso não existe”, argumentou Heleno, afirmando que por esta razão não seria possível dizer que Cid “participava” da reunião. >>> Heleno se revolta com Eliziane Gama: "é para ficar put*" (vídeo)

“As pessoas aqui estão querendo me comprometer. Vão perder tempo. É preciso haver um pouco de senso do que está havendo para não haver acusações falsas, acusações que são sérias, porque agridem a integridade de alguém. Então é preciso que as acusações sejam um pouco refreadas”, complementou.

Na sequência, ele admitiu que Cid Raramente tinha esse papel de estar ali atrás” nas reuniões “esperando alguma coisa de que o presidente precisasse falar com ele”.