Presidente da Assembleia Geral da ONU rejeita ataques indiscriminados de Israel em Gaza
Dennis Francis observou que o direito de autodefesa não dá uma licença para "empreender represálias indiscriminadas". Esperanças se concentram em resolução da Jordânia
247 - O presidente da Assembleia Geral da ONU, Dennis Francis, denunciou nesta quinta-feira (26) os ataques do grupo palestino Hamas a Israel, e também condenou os ataques "indiscriminados" das forças armadas sionistas contra os palestinos.
Ele afirmou que os ataques dos militantes eram "chocantes" e "não têm lugar no nosso mundo", em suas observações iniciais à sessão de emergência da Assembleia sobre o conflito, conforme a agência Anadolu.
"Da mesma forma, condeno e rejeito o direcionamento indiscriminado de civis inocentes na Faixa de Gaza e a escala de destruição de infraestrutura crítica por Israel", disse ele. "O bombardeio incessante da Faixa de Gaza por Israel e suas consequências são profundamente alarmantes".
Francis observou ainda que o direito de autodefesa de Israel não lhe dá e não pode, legalmente, dar uma licença para "empreender represálias indiscriminadas e desproporcionais".
O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu adotar uma resolução pedindo um cessar-fogo em Gaza, e agora a Assembleia Geral da ONU é o único órgão da ONU que poderia aprovar uma resolução sobre o cessar-fogo.
As esperanças agora estão concentradas no rascunho de resolução da Jordânia, apesar da oposição ferrenha do regime israelense a qualquer forma de cessar-fogo. O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, afirmou nesta quinta que o rascunho da resolução é "distorcido e desconectado" da realidade.
"Amanhã haverá uma votação sobre uma resolução proposta apresentada pela Jordânia que é distorcida e desconectada da realidade. A resolução proposta ignora completamente a existência do Hamas, não menciona o massacre bárbaro e pede um cessar-fogo imediato", escreveu Erdan na rede social X.
Erdan acusou a Organização de Cooperação Islâmica de usar sua maioria automática na Assembleia Geral para aprovar resoluções "desprezíveis" contra o Estado judeu. Ele chegou a mostrar vídeos de pessoas decapitadas durante sua intervenção.
Israel recentemente advertiu que pode reavaliar suas relações com a ONU depois que o secretário-geral Antonio Guterres disse que o ataque do Hamas em 7 de outubro não aconteceu no vácuo.
Desde então, Erdan pediu duas vezes a renúncia de Guterres por seus comentários e sua recusa em retratá-los.
Em 7 de outubro, o grupo palestino Hamas lançou um ataque surpresa em grande escala com foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza e violou a fronteira, matando e sequestrando cerca de 200 pessoas nas comunidades israelenses vizinhas. Israel lançou ataques retaliatórios e ordenou um bloqueio completo da Faixa de Gaza, lar de mais de 2 milhões de pessoas, cortando o fornecimento de água, comida e combustível. O bloqueio foi posteriormente aliviado para permitir a entrada de caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A escalada do conflito resultou em milhares de pessoas mortas e feridas em ambos os lados. (Com informações da Sputnik).
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