Não haverá anistia para a tentativa de golpe de Estado, diz Randolfe Rodrigues
Senador comentou o relatório final aprovado pela CPMI dos atos golpistas: "uma boa contribuição para as investigações em curso". Assista na TV 247
247 - O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou em entrevista à TV 247 que não pode haver anistia aos que tentaram dar um golpe de Estado no último 8 de janeiro, quando bolsonaristas depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. Ele comentava o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, que foi aprovado pelo Senado e será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com o senador, os atos do 8 de janeiro foram resultado de um conjunto de ações de Jair Bolsonaro e seus apoiadores que visava culminar em um golpe de Estado. "O 8 de janeiro não foi sol num dia de tempestade, e sim o culminar de um processo golpista, inaugurado desde a posse de Jair Bolsonaro, se escalando a partir de 30 de outubro de 2022, quando o resultado das eleições não foi reconhecido", avaliou Randolfe.
Ele citou o conjunto de atos que foram investigados pela CPMI: "ocupações na frente dos quarteis, movimentos terroristas do 12 de dezembro em Brasília e a tentativa de atear uma bomba no Aeroporto de Brasília". "O 8 de janeiro foi o último suspiro da tentativa frustrada de golpe", afirmou.
Em tom de ironia, Randolfe agradeceu à oposição bolsonarista, que queria culpar o governo pelos atos golpistas e pressionou pela instalação da CPMI, por permitir que as investigações se aprofundassem. "O relatório é uma boa contribuição para as investigações em curso", disse.
O parlamentar afirmou, por fim, que uma anistia aos envolvidos na tentativa de golpe pode gerar novos riscos à democracia no país. "Tenho certeza que não terá anisitia, pelo relatório e pelas investigações em curso no Supremo. Não pode haver anistia para uma tentativa de golpe de Estado, para que ela não aconteça novamente", completou.
O relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) pede o indiciamento de 61 pessoas, entre elas Jair Bolsonaro, por associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.
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