Uchôa cita Mossad e alerta: 'associar todo libanês no Brasil ao Hezbollah pode gerar onda de xenofobia sem precedentes no país'
"A população de origem libanesa no Brasil é maior do que a população do próprio Líbano", destacou o jurista
247 - O jurista Marcelo Uchôa destacou na rede social X, antigo Twitter, que a cooperação entre a Polícia Federal (PF) brasileira e o serviço de espionagem de Israel, o Mossad, pode "desencadear uma onda de xenofobia" contra libaneses no Brasil "sem precedentes na história do país".
"Muito cuidado com essa 'parceria' do Mossad com a PF. A população de origem libanesa no Brasil é maior do que a população do próprio Líbano. Se começarem a associar todo libanês aqui ao Hezbollah a coisa pode desencadear uma onda de xenofobia sem precedentes na história do país", escreveu o estudioso.
A PF cogita romper a cooperação com o Mossad, que atribuiu a si próprio o crédito da Operação Trapiche - dois brasileiros foram presos por supostamente planejar um atentado em ligação com planos do Hezbollah, grupo islâmico anti-Israel nascido no Líbano.
O governo de Israel disse na quarta-feira que, junto com a PF, desmantelou um plano de "ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo regime iraniano".
Em comunicado, a PF preferiu não citar outros países na investigação. A corporação reforçou que não se pode fazer conclusões sobre relações entre governos de diferentes países. A ação policial que prendeu os supostos terroristas ocorreu em um contexto de conflito entre israelenses e palestinos.
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