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Após morte de prematuros, exército israelense diz que ajudará a transferir bebês de hospital de Gaza

Falta de energia resultante dos cortes feitos por Israel resultaram na morte de dois bebês que estavam internados na unidade de terapia intensiva neonatal do hospital al-Shifa

Exército israelense na Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Ronen Zvulun)
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RFI - O Exército israelense disse no sábado (11) que ajudaria a remover mais de 30 bebês em risco de vida por falta de energia no maior hospital de Gaza. O corte de eletricidade acontece em meio a intensos choques entre soldados israelense e combatentes do Hamas ao redor da instalação.

Mais cedo no sábado, uma ONG israelense de Médico de Direitos Humanos havia informado a morte de "dois bebês prematuros" depois que a terapia intensiva neonatal foi forçada a parar devido à falta de eletricidade no hospital al-Shifa, o maior centro médico da Faixa de Gaza sitiada.

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Há também "um risco real para a vida de outros 37 bebês prematuros" nesse departamento, alertou a ONG, em um momento de intensos combates entre tropas israelenses e o Hamas em conjunto com Jihad Islâmica.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), cuja equipe continua operando no hospital, relata que "nas últimas 24 horas (...) o hospital al-Shifa foi atingido várias vezes, especialmente a maternidade".

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A médica Marwa Abou Saada, chefe do departamento de cirurgia do al-Shifa, citada pela ONG Ajuda Médica para Palestinos (MAP), acrescentou que "ninguém pode deixar o hospital".

"Os funcionários do hospital al-Shifa solicitaram que amanhã ajudássemos a evacuar os bebês da ala pediátrica para um hospital mais seguro. Forneceremos a assistência necessária", disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari, em uma coletiva de imprensa.

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"Devido à falta de energia elétrica, podemos informar que a unidade neonatal de cuidados intensivos parou de funcionar. Dois bebês prematuros morreram, e há um risco real para a vida de outros 37 prematuros" no hospital Al-Shifa, afirmou a ONG de médicos israelenses, em um comunicado.

"Queremos que alguém garanta a evacuação dos pacientes, porque temos cerca de 600 pacientes hospitalizados", disse o médico em uma gravação de áudio publicada pela MSF.

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Além dos pacientes, milhares de pessoas deslocadas se refugiaram no complexo hospitalar, já que Israel bombardeia incessantemente o pequeno território palestino em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas em seu solo no dia 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, de acordo com as autoridades israelenses.

Os ataques israelenses na Faixa de Gaza já mataram mais de 11 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

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Hospitais "de joelhos" - Havia cerca de 36 hospitais em Gaza, metade dos quais deixou de funcionar após os ataques do exército israelense. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que o sistema de saúde está "de joelhos", e a Cruz Vermelha relata condições desumanas nos centros de saúde ainda em funcionamento, com corpos se acumulando nos corredores e operações sendo realizadas sem anestesia.

"Corredores de hospitais lotados de feridos, doentes e moribundos, necrotérios transbordando, operações sem anestesia, dezenas de milhares de refugiados em hospitais - a situação no local é impossível de descrever", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS para o Conselho de Segurança da ONU, na sexta-feira (10).

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"Eu entendo o que as crianças em Gaza estão passando, porque passei pela mesma coisa quando era criança", disse Adhanom, natural de Tigray, na Etiópia.

O chefe da OMS também relatou 25 ataques ao setor de saúde em Israel desde o início do conflito, em 7 de outubro, após um ataque sem precedentes ao território israelense pelo grupo islâmico palestino Hamas.

"A melhor maneira de apoiar esses profissionais de saúde e as pessoas que eles atendem é dar a eles os meios necessários para o atendimento: medicamentos, equipamentos médicos e combustível para geradores hospitalares", acrescentou.

Ele também pediu um aumento na ajuda humanitária que passa pela travessia de Rafah, que faz fronteira com o Egito, e repetiu os apelos das autoridades da ONU por um "cessar-fogo".

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