'Não queremos que esse tema contamine a integração regional ou ameace a paz', diz Lula sobre tensão entre Venezuela e Guiana
"Só com a paz podemos desenvolver os nossos países", disse o presidente após deixar claro que o Brasil não quer uma guerra na América do Sul
247 - O presidente Lula (PT) foi claro nesta quinta-feira (7) ao dizer que o Brasil não quer uma guerra na América do Sul, diante do clima de tensão que paira sobre Venezuela e Guiana após os venezuelanos realizarem um referendo em que o resultado mostra que cerca de 95% da população apoia a anexação da região de Essequibo - localizada na Guiana - ao seu território. Essequibo é uma reivindicação antiga da Venezuela, que ganhou fôlego após a descoberta de uma grande quantidade de minérios e petróleo - atualmente explorado pela empresa estadunidense ExxonMobil - em seu solo.
Na abertura do encontro de Chefes de Estado do Mercosul nesta quinta-feira (7) no Rio de Janeiro, Lula falou em "construir a paz", porque "só com a paz podemos desenvolver os nossos países". Ele ainda enviou um recado: "não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e à estabilidade". >>> Entenda a origem da disputa entre Venezuela e Guiana
"Uma coisa que não queremos na América do Sul é guerra", resumiu o presidente brasileiro, que disse "acompanhar com crescente preocupação o desdobramento relacionado à questão do Essequibo". "O Mercosul não pode ficar alheio à essa situação. Por isso queria submeter à consideração de vocês a minuta de declaração dos Estados Parte do Mercosul sobre essa controvérsia acordada pelos nossos chanceleres", acrescentou. >>> EUA anunciam manobras militares na Guiana em meio à tensão por território reivindicado pela Venezuela
O presidente também colocou o Brasil à disposição para ajudar na mediação das discussões entre Venezuela e Guiana. "Caso considerado útil, o Brasil e o Itamaraty estarão à disposição para sediar qualquer e quantas reuniões forem necessárias".
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