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      Na reta final para a venda da Amil, esquenta a guerra entre os potenciais compradores

      Estão no páreo o empresário José Seripieri Júnior, o fundo Bain Capital e, correndo por fora, o empresário Nelson Tanure

      (Foto: Divulgação/Amil | Reuters)

      247 – A menos de 48 horas do desfecho da venda da Amil, uma das principais operadoras de planos de saúde e odontológicos do Brasil, esquentou a guerra nos bastidores entre os potenciais compradores. Reportagem desta quarta-feira do Valor, apontou que a disputa se afunila entre três concorrentes: o empresário José Seripieri Júnior, que fundou e vendeu a Qualicorp, o fundo Bain Capital e o empresário Nelson Tanure, que atua no setor de saúde por meio da rede de laboratórios Alliança.

      Nesta quarta-feira, também foram plantadas várias notas em jornais contra José Seripieri Júnior – o que foi lido pelo mercado como um sinal de que ele teria feito a melhor oferta pela Amil, contemplando não apenas a proposta financeira, como também a assunção dos riscos inerentes ao negócio. Embora tenha uma extensa rede de hospitais, a Amil deve fechar este ano com um prejuízo de R$ 2,5 bilhões, em razão de seus planos de saúde individuais, que são deficitários. O comprador será aquele que estiver disposto a pagar o maior valor à UHG, mas também a aceitar os termos propostos no contrato elaborado pela empresa estadunidense, que controla a Amil.

      Talvez por estar mais perto de fechar a operação, Seripieri foi atacado nesta quarta-feira por uma nota do colunista Lauro Jardim, do Globo, que disse que seu acordo de delação premiada realizado durante a Operação Lava Jato estaria sendo revisto pelo Ministério Público – o que não procede. Em razão disso, uma ação judicial preparada nesta quarta-feira poderá responsabilizar o colunista e o jornal O Globo caso a informação falsa prejudique a consecução do negócio. Também nesta tarde, Seripieri foi atacado pela coluna Broadcast, do Estado de S. Paulo, numa nota que afirmava que a UHG estaria impedida de vender a ele a Amil em razão de restrições impostas pelo Foreign Corruption Practices Act – outra informação improcedente, que parece ter sido plantada para influenciar a decisão da UHG.

      Nesta mesma nota da coluna da coluna Broadcast, informava-se que Tanure teria elevado a sua oferta e estaria perto de fechar o negócio – informação negada por fontes próximas ao próprio empresário. No dia 29 de novembro, Tanure havia anunciado sua desistência do negócio – decisão que talvez tenha sido revista após a publicação da notícia.

      O vencedor desta disputa deverá ser conhecido nesta sexta-feira, após uma reunião do conselho da UHG que irá avaliar as três propostas finais, de Seripieri, da Bain e de Tanure. Seja quem for o vencedor, o que é certo é que o resultado estará sujeito a um rigoroso escrutínio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e dos organismos governamentais.

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