247 – O Brasil iniciou uma nova ofensiva diplomática e científica para expandir sua plataforma continental no oceano Atlântico. Após obter da ONU o reconhecimento de uma área marítima de 360 mil km² na chamada Margem Equatorial — extensão equivalente ao território da Alemanha —, o país agora reivindica uma nova zona ainda mais ambiciosa: 1,55 milhão de km² entre os estados do Paraná e da Paraíba, sobre uma das maiores reservas de minerais estratégicos do hemisfério sul. A informação foi <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/04/05/apos-ganhar-territorio-equivalente-a-alemanha-brasil-ja-mira-nova-area-de-155-milhao-de-km-no-oceano.ghtml">divulgada pelo jornal O Globo</a>, que também ouviu especialistas envolvidos na operação.
A nova área, denominada Margem Oriental Meridional, tem como principal atrativo a Elevação do Rio Grande — uma formação rochosa submersa, situada a até 1.300 km da costa brasileira, cuja profundidade varia entre 500 e 4 mil metros. O local é conhecido por suas vastas jazidas de cobalto, ferro, manganês, níquel, platina, titânio e nióbio. Estudos da Universidade de São Paulo (USP) apontam que a elevação foi uma ilha vulcânica de clima tropical entre 5 e 30 milhões de anos atrás.
<h3>Pleito complexo e rigor técnico</h3>
A proposta de extensão territorial foi submetida à Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, que exige que os países comprovem, com rigor científico, que as regiões submersas são prolongamentos naturais de seu território continental. A geóloga e capitã de mar e guerra Izabel King Jeck, assessora da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha, acredita que o Brasil apresenta uma base técnica sólida.
<blockquote>&nbsp;“Provamos que há continuidade da margem continental brasileira. Há informações sísmicas, de batimetria, que comprovam. Mas não é fácil. A comissão que analisa as propostas é bem rígida”, afirmou Jeck, que é doutora em geologia marinha.</blockquote>
Ela ainda ressaltou que, apesar de haver mais dados sobre a Elevação do Rio Grande do que na Margem Equatorial, a área continua sendo um enigma: “Lá temos até mais informações do que na Margem Equatorial. Mas ainda assim, não são nem 5% de todo o potencial... É muito longe e só dá para fazer expedição praticamente no verão, por causa das condições meteorológicas”.
<h3>Décadas de estudos e investimentos</h3>
A estratégia brasileira para ampliar sua presença oceânica remonta a 1989, com a criação do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac). Desde então, o país realizou diversas expedições, coletou amostras geológicas, fez levantamentos sísmicos e enviou, em 2004, seu primeiro pedido formal à ONU — que foi rejeitado em 2007. Isso levou à retomada dos estudos com maior profundidade e precisão.
A partir de 2018, a Petrobras passou a financiar o Leplac, investindo até o momento cerca de R$ 60 milhões. A empresa já participava das missões desde os primórdios do plano. Em 2019, o Brasil obteve êxito ao garantir a extensão da Margem Sul, acrescentando 170 mil km² à sua zona econômica exclusiva na costa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Segundo o vice-almirante Marco Antônio Linhares Soares, diretor de Hidrografia e Navegação da Marinha, a recente vitória na Margem Equatorial impulsiona os próximos passos.
<blockquote>&nbsp;“Naquela região há uma bacia sedimentar bem grande. Todos os países querem estar no cone do Amazonas. Ainda é uma área a ser descoberta, não sabemos de todo o potencial. Mas há certeza de recursos minerais e biológicos que precisam ser mapeados. Pode ser que só na geração dos meus filhos ou netos que a gente descubra tudo”, afirmou o militar.</blockquote>
Ele também destacou a importância de “ações de presença” nas áreas reivindicadas: “Tem que estar lá com navios, fazendo patrulha, fiscalização e, principalmente, pesquisa científica”.
<h3>Preocupações ambientais</h3>
Apesar do entusiasmo com as possibilidades econômicas e científicas, ambientalistas alertam para a ausência de planos de preservação da biodiversidade nas regiões sob análise. Os levantamentos realizados até agora tiveram foco quase exclusivo em dados geológicos.
O biólogo marinho José Amorim Reis Filho, doutor em Ecologia pelas universidades federais da Bahia e do Pará, analisou os relatórios de anexação do Brasil e de outros países da América do Sul e da África. Ele observou a ausência de justificativas ambientais nos pedidos de ampliação.
<blockquote>&nbsp;“A titularidade do território não significa dizer que vai ter dano ambiental. Mas não podemos ignorar o histórico de irresponsabilidade, falta de cuidado e pouco interesse governamental em preservar zonas naturais, especialmente as marítimas”, afirmou.</blockquote>
Reis também alertou que o Brasil ainda conhece pouco de seu próprio oceano e teme que o foco em jazidas minerais sobreponha o compromisso com a conservação.
<blockquote>&nbsp;“Fica óbvio para nós o interesse de deter interesses exclusivos dessas jazidas minerais para futura exploração. À luz do nosso passado, é possível que tenha impacto danoso. Nem perto da costa conseguem proteger, imagina a centenas de milhas.”</blockquote>
<h3>Projeções e geopolítica</h3>
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, firmada em 1982 — também conhecida como Convenção da Jamaica —, é a base jurídica que permite reivindicações de áreas além das 200 milhas náuticas (370 km) da costa, desde que fundamentadas por continuidade geológica.
Embora o Brasil tenha obtido conquistas expressivas, analistas apontam que o novo pedido encontra um contexto mais desafiador, com crescentes disputas internacionais por recursos submarinos, mudanças geopolíticas e o crescente interesse de potências por áreas estratégicas do Atlântico Sul.
Sem prazo definido para resposta da ONU, o processo pode se arrastar por anos, exigindo persistência científica, diplomática e estratégica por parte do Brasil.

Redação Brasil 247

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Brasil

Brasil quer ampliar domínio marítimo e reivindica área rica em minerais no Atlântico Sul

247 – A <a href="https://www.brasil247.com/poder/datafolha-mostra-alta-de-cinco-pontos-na-aprovacao-de-lula-e-sociedade-ainda-polarizada">nova pesquisa do instituto Datafolha</a>, que apontou uma recuperação de cinco pontos percentuais na aprovação do governo Lula (de 24% para 29% entre fevereiro e abril), foi recebida como um sinal claro de virada política pelo líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ). Em declaração nas redes sociais, o parlamentar destacou que os números confirmam uma mudança de tendência que já vinha sendo percebida nos bastidores da base governista.
<blockquote>&nbsp;“A nova pesquisa Datafolha confirma o que já esperávamos: uma virada na avaliação do governo. Os ajustes na comunicação e na articulação política estão surtindo efeito. Os números falam por si: crescimento do PIB, geração de emprego e recuperação da renda”, afirmou Lindbergh.</blockquote>
De acordo com o deputado, os avanços da gestão Lula ficaram temporariamente ofuscados por uma estratégia de contrainformação que espalhou desinformação e distorceu os fatos. “Esses avanços ficaram abafados por três meses por uma estratégia de contrainformação, que distorceu fatos e inundou as redes com fake news para ocultar as conquistas reais da gestão”, denunciou.
Com a nomeação do marqueteiro Sidônio Palmeira para a chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e a intensificação da articulação política, o governo passou a agir de forma mais coordenada para recuperar protagonismo na disputa da narrativa pública. “No mundo de hoje — e no Brasil não é diferente — controlar a pauta e conduzir a narrativa é estratégico, e o governo começou a assumir o protagonismo em pautar suas realizações”, observou o líder petista.
Lindbergh enfatizou ainda que a chamada “Pauta do Povo” está no centro da estratégia do governo, contrastando com a agenda neoliberal da oposição. “Nossa pauta, e não a da extrema-direita, é a verdadeira Pauta do Povo, a pauta que interessa aos trabalhadores — crescimento econômico com distribuição de renda, em contraste com o projeto de privilégios da oposição”, afirmou. E acrescentou: “Basta ver que a oposição não tem coragem de assumir claramente sua posição, mas é contra a isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco mil reais porque se recusa a taxar os milionários.”
Valorização da soberania nacional
Na avaliação do parlamentar, o Brasil vive uma nova conjuntura, marcada pela valorização da soberania nacional e da questão social. “A conjuntura está em transformação. A questão nacional emerge como um eixo decisivo, e o governo Lula representa os interesses do povo brasileiro, mas também — e por isso mesmo — é o verdadeiro governo da soberania nacional”, declarou. Ele também associou esse movimento à política externa dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump, cujo segundo mandato vem impactando as relações internacionais e reforçando a centralidade da defesa da soberania para países em desenvolvimento.
O deputado ainda fez críticas duras ao bolsonarismo, que segundo ele, se alinha a interesses estrangeiros em detrimento dos nacionais. “Enquanto isso, o bolsonarismo revela sua verdadeira face: Bolsonaro e seu filho Eduardo defendem abertamente as tarifas de Trump, alinhando-se aos interesses estrangeiros”, denunciou. “Tarcísio, o governador bolsonarista de São Paulo, depois de posar como trumpista ao usar o boné do MAGA, agora se esconde em um silêncio cúmplice.”
Ao concluir, Lindbergh reforçou que o contraste entre o governo e a oposição está mais evidente do que nunca: “De um lado, um governo que prioriza o Brasil; do outro, uma oposição que bajula potências estrangeiras e sabota os interesses nacionais. A virada está em curso, e o caminho agora é consolidar essa mudança.”
A declaração do líder do PT reflete o novo ânimo na base aliada e antecipa o tom mais combativo e propositivo que o governo deve adotar nos próximos meses, com foco na valorização de resultados concretos, como a retomada do crescimento, o combate às desigualdades e a afirmação do Brasil como nação soberana.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">A nova pesquisa DataFolha confirma o que já esperávamos: uma virada na avaliação do governo. Os ajustes na comunicação e na articulação política estão surtindo efeito. Os números falam por si: crescimento do PIB, geração de emprego e recuperação da renda. No entanto, esses…&mdash; Lindbergh Farias (@lindberghfarias) <a href="https://twitter.com/lindberghfarias/status/1908368932538626083?ref_src=twsrc%5Etfw">April 5, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

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“Datafolha confirma virada do governo Lula”, diz Lindbergh

247 - Com o alistamento militar feminino aberto até o dia 30 de junho, as Forças Armadas começaram mais uma etapa nesta semana: a seleção geral. O chefe do escalão de pessoal da 11ª Região Militar, Coronel Rafael Alves, explica que esta é uma seleção preliminar, com entrevista e avaliação de saúde. As informações são da Agência Brasil.&nbsp;
O coronel conta, inclusive, que depois desta seleção geral, está prevista uma seleção complementar. Sendo que a seleção que começa nesta quarta pode ser feita até novembro, já que o alistamento ainda está aberto.
De acordo com o Coronel Alves, até o momento 27 mil mulheres já se alistaram em todo o país. De acordo com as Forças Armadas, inicialmente, vão ser ofertadas 1.500 vagas, com a incorporação no Exército, Marinha ou Aeronáutica, prevista para 1ºde março de 2026.
Qualquer mulher nascida em 2007 pode se alistar em uma junta militar próxima de onde mora. Mas também é possível fazer de forma online, até 30 de junho, no site do alistamento feminino.

Começa a etapa da seleção geral para alistamento militar feminino

André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu nesta sexta-feira (4) o julgamento do recurso que trata da anulação de processos abertos contra o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava Jato.
Com a suspensão da análise do caso, o julgamento <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-04/julgamento-sobre-acoes-de-palocci-na-lava-jato-esta-empatado-no-stf">permanece empatado em 2 votos a 2</a>.
Até o momento, os ministros André Mendonça e Edson Fachin votaram contra a anulação. Gilmar Mendes e Dias Toffoli se manifestaram a favor.
O julgamento virtual começou na semana passada e não tem data para ser retomado.&nbsp;
A Segunda Turma da Corte julga um <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-03/pgr-recorre-de-decisao-que-anulou-processos-contra-palocci">recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR)</a> que pretende suspender uma decisão de Dias Toffoli, relator do caso.
Em fevereiro deste ano, <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-03/toffoli-mantem-voto-que-anulou-processos-contra-palocci">Toffoli atendeu ao pedido de anulação</a> feito pelos advogados de Palocci e aplicou os precedentes da Corte que consideraram o ex-juiz Sergio Moro parcial para proferir as sentenças contra os réus das investigações. Moro era o juiz titular da 13ª Vara Federal em Curitiba.
Com a decisão, todos os procedimentos assinados por Moro contra Palocci foram anulados. Em um dos processos, ele foi condenado a 12 anos de prisão.
Apesar da anulação, o acordo de delação assinado por Palocci está mantido.

Nunes Marques pede vista e suspende julgamento de Palocci no STF

247 – O deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados, comprou uma mansão avaliada em R$ 10 milhões no Lago Sul, em Brasília. A aquisição do imóvel foi realizada em 31 de janeiro deste ano, segundo informou o blog de <a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/lira-compra-mansao-de-r-10-milhoes-apos-deixar-presidencia-da-camara">Paulo Cappelli</a>, do portal Metrópoles.
Para comprar a propriedade, que possui 833 metros quadrados de área total, o parlamentar obteve um financiamento de R$ 7 milhões do Banco de Brasília (BRB), o que aponta para uma entrada de R$ 3 milhões. Simulações bancárias indicam que as parcelas do financiamento superam os R$ 100 mil mensais.
O valor investido na nova residência é praticamente o dobro do total de bens declarados por Lira à Justiça Eleitoral em 2022, quando afirmou possuir R$ 5,9 milhões em bens e valores patrimoniais, incluindo imóveis, terrenos e propriedades rurais em Alagoas.&nbsp;
Como deputado, Lira recebe um salário líquido de R$ 35 mil. Em 2018, antes de assumir o comando da Câmara dos Deputados, seu patrimônio declarado era de R$ 1,7 milhão.
Fora da vida política, o parlamentar também mantém atividades nos ramos de agropecuária e eventos.

Bianca Penteado

Lira compra mansão de R$ 10 milhões em Brasília

247 - O concurso público do Superior Tribunal Militar (STM), de abrangência nacional e organizado pelo Cebraspe, registrou um total de 163.545 inscrições. O cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa foi o mais procurado, com 49.075 inscritos.
Na sequência, o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária atraiu 33.831 candidatos, seguido pelo cargo de Técnico Judiciário – Especialidade Agente da Polícia Judicial, com 26.130 inscrições.
Confira abaixo a relação completa de inscritos por cargo:
<ul>
 <li>Analista Judiciário – Área Administrativa: 27.001</li>
 <li>Analista Judiciário – Especialidade Administração: 7.615</li>
 <li>Analista Judiciário – Especialidade Análise de Sistemas: 5.889</li>
 <li>Analista Judiciário – Especialidade Comunicação Social: 2.587</li>
 <li>Analista Judiciário – Especialidade Contabilidade: 3.399</li>
 <li>Analista Judiciário – Especialidade Suporte em Tecnologia da Informação: 3.766</li>
 <li>Técnico Judiciário – Especialidade Contabilidade: 4.252</li>
</ul>
Os candidatos têm até o dia 22 de abril para efetuar o pagamento da taxa de inscrição. A não quitação do boleto resultará na exclusão do candidato do processo seletivo. As provas estão previstas para o dia 1º de junho.
Live para tirar dúvidas
Na tarde desta sexta-feira (4), o STM promoveu uma live especial no Podcast do STM, para tirar dúvida dos interessados. A live está disponível no seguinte endereço: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=HvMTJXuY0V8">STM promoveu uma live especial no Podcast STM</a>.
A conduzida da live foi da Assessoria de Comunicação Social da Corte e teve mais de uma hora de duração. O episódio contou com a participação de membros da Comissão do Concurso da Justiça Militar da União.
Estiveram presentes o diretor-geral do STM e presidente da comissão, José Carlos Nader Motta, e a diretora de Pessoal, Ana Cristina, que também integra a equipe responsável pela seleção.
Durante a conversa, os convidados esclareceram diversos pontos do edital e apresentaram informações importantes sobre o funcionamento do Tribunal e a rotina dos futuros servidores, como os regimes de trabalho (presencial, teletrabalho e híbrido), banco de horas, progressão na carreira, ocupação de cargos em comissão e funções de confiança, além dos benefícios oferecidos, como plano de saúde e programas de capacitação.
Ana Cristina destacou que o STM oferece oportunidades de educação a distância e a possibilidade de concessão de bolsas de estudos para cursos de pós-graduação e mestrado. O apresentador do podcast compartilhou sua experiência pessoal, informando que obteve bolsas de 90% e 80% para pós e mestrado, respectivamente.
O diretor-geral informou ainda que os 80 aprovados nas vagas imediatas poderão ser convocados até dezembro deste ano, desde que o cronograma do concurso siga sem interrupções. Ele também lembrou que os candidatos classificados em cadastro de reserva poderão ser chamados ao longo do prazo de validade do concurso, que é de dois anos, prorrogáveis por mais dois.
Por fim, Lúcio Andres, coordenador do Plano de Saúde da Justiça Militar da União, apresentou os benefícios oferecidos aos servidores, destacando os valores acessíveis e a ampla rede credenciada em todo o país. Segundo ele, o plano do STM está entre os melhores dos tribunais superiores, especialmente se comparado aos altos custos dos planos de saúde privados.

Concurso do STM registra mais de 163 mil inscritos

247 – A Advocacia-Geral da União (AGU) publicou, nesta sexta-feira (4), um parecer que estabelece regras para garantir transparência nos gastos relacionados a viagens da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja. O documento, que vale para todos os cônjuges de presidentes da República, prevê a divulgação de dados sobre despesas e viagens no Portal da Transparência, além da obrigatoriedade de responder a pedidos baseados na Lei de Acesso à Informação (LAI).
A agenda de compromissos públicos da primeira-dama também deverá ser tornada pública. No entanto, o parecer ressalta que algumas informações poderão ser resguardadas por questões de segurança ou de proteção à intimidade, com avaliação caso a caso.
O texto da AGU foi solicitado pelo Palácio do Planalto em meio a críticas da oposição à participação ativa de Janja em eventos públicos e internacionais. Ela virou alvo preferencial de ataques da oposição, que questiona supostos excessos no uso de recursos públicos durante deslocamentos oficiais da primeira-dama.
O parecer reconhece o caráter voluntário das atividades exercidas pelo cônjuge do presidente, mas também autoriza a primeira-dama a exercer um “papel simbólico” e representar, em certa medida, o presidente da República em eventos.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja

AGU: despesas de viagens da primeira-dama serão divulgadas

247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a aplicação de multa diária de R$ 15 mil ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos por desrespeitar medidas cautelares que proibiam seu uso das redes sociais. As informações são da CNN Brasil.&nbsp;
Segundo Moraes, Allan dos Santos, que atualmente reside nos Estados Unidos, descumpre de forma reiterada determinações judiciais ao continuar utilizando plataformas digitais como YouTube, Instagram, Facebook, Telegram, TikTok, OnlyFans, Rumble e X (antigo Twitter), mesmo após ter seus perfis oficialmente bloqueados por decisão do STF. O ministro justificou a nova punição com base em "publicações de conteúdo ilícito" feitas pelo investigado nas redes sociais, em violação direta às ordens da Corte.
“Em razão de o investigado ter se utilizado do alcance de seus perfis nos aplicativos como parte da estrutura destinada à propagação de ataques ao Estado Democrático de Direito, ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Senado Federal, além de autoridades vinculadas a esses órgãos”, argumenta Moraes no despacho.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi oficiada para se manifestar sobre o caso. Até o momento, segundo consta nos autos, Allan dos Santos não possui representação legal registrada no processo. A CNN informou que tentou contato com o blogueiro, mas não obteve retorno.
<h3>Foragido desde 2021</h3>
Allan dos Santos é considerado foragido da Justiça brasileira desde outubro de 2021, quando teve sua prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news. Ele é alvo de duas investigações conduzidas no STF: uma sobre a propagação sistemática de notícias falsas e outra sobre a atuação de supostas “milícias digitais”.
O blogueiro ficou conhecido por comandar o canal “Terça Livre” no YouTube, usado para disseminar conteúdos que, segundo os inquéritos, tinham como objetivo atacar instituições da República. Desde 2023, tramita um pedido formal de extradição do influenciador digital feito pelo governo brasileiro às autoridades dos Estados Unidos.
Essa não é a primeira vez que o STF impõe penalidades a plataformas e pessoas relacionadas ao blogueiro. Em fevereiro deste ano, Moraes determinou multa de R$ 8 milhões à rede social X por descumprir ordens judiciais e não fornecer dados de Allan dos Santos às autoridades brasileiras.

Luis Mauro Filho

Alexandre de Moraes multa Allan dos Santos em R$ 15 mil por dia por uso de redes sociais

247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do governo na Câmara, criticou duramente, nesta sexta-feira (4), o pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atinge diversos países, inclusive o Brasil. Em publicação nas redes sociais, Lindbergh afirmou que os EUA agem de forma desesperada diante da nova ordem econômica global e acusou Trump de basear suas medidas em cálculos imprecisos.
Ao comentar as tarifas impostas pela China contra os EUA em retaliação, o parlamentar destacou que Pequim não demonstra qualquer sinal de “pânico”, rebatendo a narrativa do presidente norte-americano. Segundo ele, é Washington que está em desespero.
Para Lindbergh, os EUA tentam reverter à força décadas de globalização. Ele concluiu prevendo um colapso iminente na estratégia do republicano.&nbsp;
Muito engraçado o comentário de Trump sobre a reação da China ao seu tarifaço. Ele acusa a China de ter entrado em “pânico”. Ora, a China, ao contrário dele, estudou por anos o que deveria fazer. Vai acelerar o decoupling e explorar suas oportunidades pelo mundo. Quem entrou em pânico foi o mercado estadunidense. Até o FED está com muito medo. Trump e sua Armada de Brancaleone de parvos fazem tudo de forma improvisada. Taxaram até pinguins. A fórmula para fazer as taxações é uma piada matemática. Trump inventou a fake news aritmética. Quis dar uma aparência de cientificidade a algo tosco e primário. Não há uma estratégia bem-estudada em nada do que eles fazem. Querem reverter décadas de globalização da noite para o dia. Querem reverter até mesmo o nearshoring. E na marra. Trump vai se liquefazer em pouco tempo. Tudo que era sólido se desmancha no ar.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Muito engraçado o comentário de Trump sobre a reação da China ao seu tarifaço. Ele acusa a China de ter entrado em “pânico”. Ora, a China, ao contrário dele, estudou por anos o que deveria fazer. Vai acelerar o decoupling e explorar suas oportunidades pelo mundo. Quem entrou em…&mdash; Lindbergh Farias (@lindberghfarias) <a href="https://twitter.com/lindberghfarias/status/1908282606913024051?ref_src=twsrc%5Etfw">April 4, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Sobreira

"Trump vai se liquefazer em pouco tempo", prevê Lindbergh Farias

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (4) que o governo federal tem atuado para que os direitos dos povos indígenas sejam assegurados. A declaração ocorreu durante a visita do chefe do Executivo à Aldeia Piaraçu, localizada na Terra Indígena Capoto-Jarina, em Mato Grosso.
“Somos um governo que respeita os povos indígenas, reconhece seus direitos e trabalha dia e noite, noite e dia, para que eles sejam assegurados. Não só respeitamos e reconhecemos, mas admiramos e amamos seus saberes e sua cultura”, declarou Lula em discurso.
Durante a visita, o presidente esteve reunido com o cacique Raoni Metuktire e outras lideranças das Terras Indígenas Capoto-Jarina, Panará, Parque Indígena do Xingu e Wawi, da bacia do Rio Xingu.
Ainda nesta sexta-feira, Lula concedeu a Raoni a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, em reconhecimento aos serviços prestados em defesa dos direitos indígenas e do meio ambiente.

Lula entregou ao cacique Raoni a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito

“Somos um governo que respeita os povos indígenas”, diz Lula

247 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou nesta sexta-feira (4) a criação de quatro novas comissões especiais na Casa para discutir a regulamentação da inteligência artificial, o incentivo ao esporte, a renegociação das dívidas dos municípios e o Plano Nacional de Educação (PNE).
Com a criação dos colegiados, os líderes partidários devem, agora, indicar os 33 titulares e suplentes que vão compor cada comissão. Os trabalhos devem começar nas próximas semanas.
Na quinta-feira (3), Motta já havia anunciado outra comissão especial, esta voltada à análise do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. O colegiado será presidido pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), com relatoria de Arthur Lira (PP-AL).

Hugo Motta formaliza comissões especiais para analisar PNE e inteligência artificial

247 - O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido para conceder prisão domiciliar aos investigados pelos atos golpistas que ainda não tiveram a prisão definitiva determinada.
Zanin defendeu que “não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão da turma”.
O pedido foi apresentado pelo deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara. Ele argumentou que o caso da cabeleireira Débora Rodrigues, responsável por vandalizar a Estátua da Justiça e que teve prisão domiciliar concedida por conta de ter filhos menores de idade, justificaria a concessão do benefício aos demais envolvidos nos atos golpistas.

Zanin frustra PL e nega domiciliar a presos do 8 de Janeiro

247 – O “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começa a gerar reações de diversos países — e isso pode desencadear consequências econômicas sérias. Em entrevista ao <a href="https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/04/04/donald-trump-tarifas-taxas-economia-mundo-paises-reacao-retaliacao.htm">UOL News</a>, o diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), André Roncaglia, alertou que uma escalada protecionista pode levar à paralisação do comércio e gerar o que ele chamou de “pobreza coletiva”.
“Se todo mundo começar a reagir na mesma moeda, ainda que de maneira proporcionalmente menor, a gente verá a incerteza (...) Só que esse tipo de atividade coordenada produz uma pobreza coletiva. Quando todo mundo faz isso, o comércio interno paralisa e a gente perde uma fonte nacional de dinamismo”, afirmou. “O que a gente espera é uma pressão inflacionária imediata e uma desaceleração da economia no mundo todo”.
Na última quarta-feira (2), Trump apresentou tarifas comerciais “recíprocas” que serão aplicadas a todas as importações para o país. As novas taxas devem começar a valer já em 5 de abril.
No Brasil, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca formas de minimizar o impacto da tarifa de 10% imposta pelos EUA sobre produtos exportados brasileiros. Embora o governo priorize a negociação para evitar um conflito comercial direto, alternativas de retaliação já estão sendo analisadas.

Presidente dos EUA, Donald Trump - 31/03/2025