TV 247 logo
      HOME > Brasil

      Prates rebate proposta de teto para petróleo: "dizer que é feio e tem que acabar tal ano é muito pouco"

      Fala de Prates ocorre após a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ter defendido nesta semana a imposição de um teto para a exploração de petróleo no Brasil

      Jean-Paul Prates e Marina Silva (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | ABR)

      Reuters - O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quinta-feira (28) considerar necessário que haja outras discussões antes de se pensar em impor limites à produção de petróleo no Brasil, defendendo ainda que o país mantenha a busca por novas fronteiras exploratórias, sob o risco de se tornar dependente de importação no futuro.

      A fala de Prates ocorre após a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ter defendido em entrevista ao Financial Times nesta semana a imposição de um teto para a exploração de petróleo no Brasil.

      "Só colocar uma bandeira, dizer que o petróleo é feio e tem que acabar tal ano é muito pouco", disse o executivo, em entrevista à GloboNews, ao ser questionado sobre sua posição em relação à declaração de Marina.

      Prates frisou não ser contra o estabelecimento de um teto para a produção de petróleo, mas ponderou que precisaria vir com um conjunto de discussões sobre consumo, uso da floresta, da terra e do mar em atividades que vão além da geração de energia, e considerando ainda de onde viria o substituto do petróleo de forma mais clara.

      "O meu entendimento de um teto para o petróleo em um país como o Brasil ainda talvez seja uma coisa que estivesse em uma fila e existem várias outras coisas que a gente precisa pensar", afirmou, reiterando ainda que "não existe absolutamente nenhum embate da Petrobras ou de seu presidente com a ministra Marina Silva" e repetindo tê-la como referência profissional.

      O CEO também voltou a defender a busca por petróleo na Bacia de Foz do Rio Amazonas, em águas ultraprofundas do Amapá, uma região com amplo potencial exploratório, mas enormes desafios socioambientais.

      O órgão ambiental Ibama negou licença para Petrobras perfurar um poço exploratório na região em maio deste ano, e a companhia entrou com pedido de reconsideração, sem ainda uma resposta. A busca por petróleo em novas fronteiras, segundo Prates, é necessária para evitar o declínio de sua produção na próxima década.

      Segundo o CEO, o pico da produção da Petrobras atualmente está previsto para ocorrer por volta de 2032.

      "Se o pré-sal acabar em 30, 35 anos, e o petróleo continuar a ser importante para a humanidade durante 50, 60 anos, nós teríamos teoricamente que começar a importar petróleo de outros países, mais carbonizado, que não paga royalties para nosso Estado e não gera emprego no Brasil", afirmou.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: