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Futuro secretário nacional de segurança defende "Gaeco nacional" e "seguir o dinheiro" no combate ao crime organizado

Mário Sarrubbo também disse ser um “entusiasta” das câmeras corporais nos policiais: “a letalidade é muito reduzida com a câmera. Matar mais não melhora o sistema de segurança”

Mário Luiz Sarrubbo (Foto: ALESP)
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247 - Futuro secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, defendeu "ter um sistema muito consistente de informação" e "seguir o dinheiro" para melhorar o combate às organizações criminosas. "Dois pontos me parecem fundamentais. Um deles é a questão da inteligência. Temos que ter um sistema muito consistente de informação. Em segundo lugar, é 'seguir o dinheiro'. A organização criminosa é como uma empresa, busca o lucro. Esse lucro precisa ser em algum momento lavado. Então, é aí que está o grande foco. Se a gente conseguir achar o dinheiro, você desestrutura essas organizações", declarou ao jornal O Globo.

Ele também mencionou a intenção de criar um grupo nacional de combate ao crime organizado. "Já que a ideia do ministro é sempre integração, pensamos (em criar) um Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nacional que possa contar com as forças de Estado, no âmbito estadual e federal, trabalhando juntas. Alguns casos são de atribuição do estado, mas outros a atribuição é federal, como, por exemplo, a lavagem de dinheiro, que depende do sistema financeiro".

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Sarrubbo disse ser um "entusiasta" das câmeras corporais utilizadas por diversas polícias no país e apontou que maior letalidade policial não é o caminho para reduzir a criminalidade. "Eu sou um entusiasta das câmeras corporais. A letalidade policial é muito reduzida com a câmera, assim como a letalidade do policial também é reduzida. Então morrem menos policiais, melhora o desempenho, porque há um aumento de apreensões, há um aumento de prisões, portanto melhora a eficiência. Sei que o ministro Lewandowski também é um entusiasta, e a gente pode avançar e oferecer aos estados instrumentos e fomentar essa boa política. Número de pessoas mortas não é diretriz que melhora a segurança pública. Matar mais pessoas, está provado, não melhora o sistema de segurança pública".

Ele ainda se posicionou de forma contrária ao fim das saídas temporárias de presos. "Acho que o foco principal não deve ser a alteração legislativa. Mudar a lei é sempre bem-vindo, mas ela tem que ser feita pontualmente em alguns aspectos. Não penso que é a legislação um grande problema de segurança pública do país hoje. A saída temporária é um grande instrumento de ressocialização. Talvez haja algumas falhas na sua aplicação que acabam permitindo fatos lamentáveis".

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O procurador-geral de São Paulo deverá tomar posse como secretário de segurança pública após a formalização de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça.

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