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Mundo

China reforça parcerias estratégicas com Brasil e Sul Global

As recentes viagens do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à África e à América Latina destacam a crescente ênfase do país na relação com o Sul Global

Lula e Wang Yi (Foto: @ShiIsabela/X)
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Global Times - As recentes visitas do ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, à África e à América Latina, que foram suas primeiras viagens internacionais em 2024, evidenciam o crescente foco da China nos países do Sul Global. Especialistas chineses argumentam que uma coordenação mais estreita com essas nações ajudará a criar uma paisagem global mais equilibrada e sustentável, o que é crucial diante das crescentes incertezas e turbulências.

O sólido vínculo entre a China e muitos países em desenvolvimento não se baseia apenas em extensa cooperação econômica, mas também no apoio inabalável aos interesses centrais uns dos outros, como exemplificado pela questão de Taiwan. Especialistas acreditam que esse consenso compartilhado forma a base e o requisito para as relações da China com esses países do Sul Global.

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Durante uma reunião com o primeiro-ministro jamaicano Andrew Holness, Wang expressou a esperança de trabalhar com a Jamaica para sincronizar estratégias de desenvolvimento, expandir a cooperação em diversos setores, intensificar as trocas culturais e consolidar a base de opinião pública para a amizade sino-jamaicana.

Holness destacou que a China prontamente estendeu a mão quando a Jamaica enfrentou dificuldades, apoiando vigorosamente o desenvolvimento econômico e a melhoria das condições de vida no país. Isso demonstra vividamente a vontade sincera da China em ajudar os países em desenvolvimento.

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A viagem do principal diplomata chinês ao país caribenho realizou-se depois da visita ao Brasil, onde se encontrou com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos elogiaram a parceria estratégica abrangente China-Brasil.

Wang e o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, co-presidiram o quarto Diálogo Estratégico Abrangente China-Brasil no nível ministerial na sexta-feira (19), comprometendo-se a fortalecer a sinergia das estratégias de desenvolvimento e expandir a cooperação em campos emergentes. Eles assinaram um acordo de facilitação de visto mútuo para ampliar ainda mais as trocas de pessoal entre os dois países.

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Jamaica marcou a última parada da viagem de Ano Novo de 2024 de Wang, que incluiu também Egito, Tunísia, Togo e Costa do Marfim.

Jiang Shixue, professor do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Xangai, destaca que fortalecer a cooperação com países em desenvolvimento sempre foi uma prioridade para a diplomacia chinesa. A China busca coordenar melhor a cooperação com esses países para alcançar uma paisagem diplomática global sustentável, saudável e equilibrada.

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Holness e Lula expressaram apoio e adesão ao princípio de uma China. Wang observou que líderes dos quatro países africanos que visitou reiteraram sua adesão ao princípio de uma China. Wang destacou a atitude resoluta e clara dos países africanos em relação às questões que envolvem os interesses centrais da China.

Quando se trata de questões que envolvem os interesses centrais da China, os países africanos têm mostrado a atitude mais resoluta e clara, refletindo completamente a fina tradição de apoio mútuo entre China e África, afirmou Wang.

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Li Haidong, professor da Universidade de Relações Exteriores da China, destaca a importância de os países do Sul Global afirmarem sua posição sobre a questão de Taiwan, deixando claro que endossar o princípio de uma China é o consenso prevalente.

Após as eleições regionais em Taiwan neste mês, países como Canadá, Japão, França e Reino Unido e a União Europeia enviaram "parabéns" à ilha. As embaixadas chinesas nesses países expressaram forte insatisfação e firme oposição, destacando a posição da China sobre a questão de Taiwan.

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Wang ressaltou a crescente incerteza e instabilidade que o mundo enfrenta ao se reunir com Celso Amorim, assessor do Presidente brasileiro. Como potências emergentes independentes, China e Brasil devem primeiro administrar bem seus próprios assuntos, fortalecendo a unidade, a cooperação e ancorando metas comuns para demonstrar sua responsabilidade como países importantes e tornar-se forças estabilizadoras cruciais em um sistema multipolar.

Observadores destacam que, enquanto a economia mundial ainda se recupera lentamente, é hora de os países em desenvolvimento se unirem. Quanto mais próximos estiverem, mais forte será a resistência às crescentes incertezas.

Li aponta que a maior incerteza reside nos Estados Unidos, e um possível retorno do ex-presidente Donald Trump é previsto por muitos analistas de política como algo que causará inquietação na economia global. A possível volta de Trump à Casa Branca dominou as discussões no Fórum Econômico Mundial em Davos, de acordo com um artigo da CNBC.

Muitos países em desenvolvimento são atraídos pela Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) da China, pela Iniciativa de Segurança Global da China e pela Iniciativa de Desenvolvimento Global, juntamente com outras propostas, destaca Li. Esses planos conectam mais estreitamente os países do Sul Global, melhorando seus próprios planos de desenvolvimento.

Wang discutiu a ICR tanto com o líder jamaicano quanto com o ministro das Relações Exteriores brasileiro. Ambos concordaram em explorar a sinergia estratégica entre a cooperação Cinturão e Rota e a reindustrialização do Brasil e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento, além de aprofundar a cooperação em áreas tradicionais e expandir em campos emergentes.

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