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      Além do caso Marielle Franco, promotora espionada ilegalmente pela Abin investigou milícias do Rio

      Simone Sibilio teve participação na Operação Intocáveis, que teve o miliciano Adriano da Nóbrega entre os denunciados. Familiares dele trabalharam com a família Bolsonaro

      Da esq. para dir.: Jair Bolsonaro, Simone Sibilio, Alexandre Ramagem e Abin (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução I MP-RJ)

      247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que a promotora Simone Sibilio, monitorada ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL), participou das investigações não apenas do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (Psol), como também da apuração sobre a atuação de milícias no estado do Rio de Janeiro. 

      De acordo com informações publicadas no blog da Andréia Sadi, a promotora teve participação na Operação Intocáveis, que investigou as cúpulas das milícias Rio das Pedras e Muzema. Entre os denunciados estão o miliciano Adriano da Nóbrega, morto em 2020 durante uma troca de tiros com policiais na Bahia. A mãe dele, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro quando o atual senador do PL-RJ ocupava um cargo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). 

      Investigações apontaram que Simone também atuou para descobrir mais detalhes dos homicídios do grupo de Orlando Curicica, ex-policial militar. Orlando é suspeito de chefiar uma milícia em Jacarepaguá, na Zona Oeste do município do Rio. Em 2022, ele foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de um líder comunitário em Jacarepaguá, Carlos Alexandre Maria, o Cabeça.

      A promotora investigou, ainda, mais três assassinatos. Um deles foi o do sargento Geraldo Pereira, assassinado em uma disputa pelo comando de máquinas caça-níqueis na Zona Oeste da capital. Outro homicídio foi de Marcos Vieira de Souza, o Falcon, presidente da Portela (escola de samba), assassinado a tiros, em 2016, na Zona Norte do Rio. Um terceiro assassinato com participação de Simone nas investigações foi o do contraventor Haylton Escafura, morto em 2017 na Zona Oeste do Rio. Ele era filho do bicheiro Piruinha.

      De acordo com as investigações, Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também lembrou que a Abin foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.

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