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Entrevistas

"A burguesia nunca é conquistada por governos de esquerda. Ela convive, na melhor das hipóteses", diz Rui Costa Pimenta

Presidente do PCO defende maior investimento estatal e em pequenas e médias empresas

(Foto: Ricardo Stuckert/PR | Divulgação )
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247 – Em uma entrevista contundente à TV 247, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, expressou suas opiniões francas sobre a dinâmica política e econômica do Brasil contemporâneo. Suas declarações, repletas de críticas à burguesia e à influência do imperialismo, ecoam em um momento de anúncio de políticas industriais ambiciosas pelo governo brasileiro. "O investimento do governo deveria ser voltado para projetos estatais e de pequenas empresas", afirmou Pimenta, destacando uma visão que contrasta com as tendências atuais de políticas públicas.

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresenta o plano da Nova Indústria Brasil (NIB), um projeto ambicioso que promete transformar o cenário industrial do país com um investimento maciço de R$ 300 bilhões até 2026, Pimenta levanta questões fundamentais sobre a verdadeira natureza das relações de poder e o desenvolvimento nacional.

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De acordo com Pimenta, a burguesia, em sua essência, não se alinha com os interesses nacionais: "A burguesia nunca é conquistada por governos de esquerda. Ela convive, na melhor das hipóteses. Até porque a parte essencial da burguesia é ligada ao imperialismo. Portanto, ela não é nacional".

Suas palavras ressoam em um momento em que o governo brasileiro busca redefinir o perfil industrial do país, promovendo inovação, sustentabilidade e maior competitividade global. O presidente Lula, ao lançar a NIB, enfatizou a necessidade de uma política industrial ágil e alinhada com as demandas modernas.

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No entanto, para Pimenta, o grande capital não é aliado do projeto nacional-desenvolvimentista. Em suas críticas, ele destaca que a democracia brasileira está corrompida pelo dinheiro e que a pressão do imperialismo sobre a América do Sul só aumentará à medida que a situação do imperialismo estadunidense se deteriore.

Enquanto o plano da NIB visa impulsionar setores estratégicos e promover a inovação em larga escala, as preocupações levantadas por Pimenta questionam se tais iniciativas serão suficientes para enfrentar os desafios estruturais do Brasil e construir uma economia verdadeiramente independente e inclusiva.

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Em contraponto às missões da NIB, que incluem desde o fortalecimento das cadeias agroindustriais até a busca pela autonomia na produção de tecnologias críticas, Pimenta ressalta a importância de investimentos diretos em projetos estatais e em pequenas e médias empresas, segmentos que frequentemente são deixados à margem das grandes políticas industriais.

Enquanto o país debate o futuro de sua indústria e sua posição no cenário global, as vozes críticas como a de Rui Costa Pimenta lembram-nos da necessidade de considerar não apenas o crescimento econômico, mas também as dinâmicas de poder subjacentes que moldam o destino do Brasil e de sua população. Assista:

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