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Folha ataca BNDES e política industrial do governo Lula, que foi elogiada por todos os setores da indústria

Medidas visam promover a reindustrialização do País, criando empregos de qualidade

Lançamento da Nova Indústria Brasil (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 – O jornal Folha de S. Paulo, que se tornou porta-voz do neoliberalismo econômico, atacou a política industrial lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula, que recebeu apoio de todas as entidades industriais do Brasil. "Causa apreensão geral a retomada de políticas industriais por parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que promete R$ 300 bilhões em verbas até 2026, dos quais R$ 250 bilhões serão mobilizados a partir de recursos do BNDES, banco federal de fomento", escreve a Folha, em editorial.

"Antes de começar a distribuir dinheiro, o órgão deveria submeter ao escrutínio da sociedade estudos a respeito de como pretende evitar os mesmos erros do passado", aponta a Folha. Em entrevista à TV 247, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, defendeu a política industrial. Saiba mais e assista:

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247 – O economista Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), delineou os contornos da nova política industrial brasileira em uma entrevista exclusiva aos jornalistas Leonardo Attuch e Florestan Fernandes Júnior, da TV 247. Esta entrevista marca o início de uma nova série da TV 247, com o podcast BrasilPod+, que promete mergulhar nos desafios e nas potencialidades da economia e da sociedade brasileira.

Com uma eloquência pontuada por décadas de experiência política e econômica, Mercadante destacou a centralidade da indústria para o progresso de uma nação. "Um país como o Brasil precisa de indústria", afirmou veementemente, evidenciando a importância do setor como pilar fundamental para o desenvolvimento nacional.

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As declarações do presidente do BNDES ecoaram a urgência de revigorar o tecido industrial brasileiro. "O Brasil se industrializou tardiamente", observou, ressaltando que a trajetória rumo à industrialização ganhou impulso a partir da crise de exportação de commodities em 1929. Ao mencionar líderes históricos como Getúlio Vargas, Mercadante realçou o papel crucial de figuras visionárias na construção das bases da industrialização brasileira. "Ele construiu as bases do processo de industrialização, com empresas como a Vale, a Petrobras e o BNDES", disse ele. 

No panorama atual, Mercadante confrontou a desafiadora realidade da desindustrialização, destacando que apenas 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é representado pelo setor industrial, depois de uma participação de 30% no fim da década de 80. "Entre 1930 e 1980, o Brasil foi um dos países que mais se industrializaram no mundo. Em 1980, 30% do PIB brasileiro era representado pela indústria. Com a crise dos anos 80, veio o Consenso de Washington, que hoje não é consenso nem mais em Washington. Ele foi devastador para a indústria dos países do Sul Global. Em 1980, o Brasil tinha uma indústria que era maior do que a da China e a da Coreia do Sul somadas", destaca.

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Para retomar o terreno perdido, o presidente do BNDES apresentou a neoindustrialização como um horizonte a ser alcançado, enfatizando a necessidade premente de renovação do parque industrial nacional. A entrevista ocorre em meio ao anúncio do plano da Nova Indústria Brasil (NIB) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um investimento robusto de R$ 300 bilhões destinado a reconfigurar a indústria brasileira para um perfil mais inovador e sustentável. Mercadante enxerga nesse plano uma oportunidade única para impulsionar a neoindustrialização do país.

"A discussão sobre ter ou não política industrial está superada", afirmou Mercadante, enfatizando que o cerne do debate reside na definição da política industrial mais adequada. Em um mundo marcado pela revolução digital e pelo aquecimento global, o presidente do BNDES enfatizou a necessidade de uma abordagem proativa e sustentável para reverter a desindustrialização e enfrentar os desafios do século XXI. A Nova Indústria Brasil se propõe a fortalecer as cadeias agroindustriais, ampliar a produção de medicamentos, promover a infraestrutura sustentável e digitalizar a indústria nacional, entre outras medidas. Sob a gestão do BNDES, Finep e Embrapii, os recursos serão direcionados para iniciativas estratégicas que impulsionem o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

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A concorrência chinesa e a produção de navios – Diante do cenário global, Mercadante enfatizou a necessidade de o Brasil se posicionar como um competidor na arena internacional, especialmente frente à ascensão da China. O presidente do BNDES ressaltou a importância de um governo capaz de afirmar os interesses nacionais e promover investimentos locais, exemplificando com a recente decisão de aumentar o imposto sobre importação de carros elétricos para fomentar a produção nacional. "Fizemos isso e eles trouxeram investimentos", diz ele. Mercadante também afirmou que o Brasil não deve ter receio de discutir mecanismos de proteção à indústria nacional e citou o caso do bilionário Elon Musk, que tem defendido protecionismo contra importações chinesas. "Proteção é uma palavra proibida para quem? Para o Musk não é", disse ele.

O presidente do BNDES também enfatizou a importância da produção de navios no Brasil. "Temos uma demanda gigantesca, com empresas como a Vale e a Petrobras. E os navios do futuro precisarão utilizar energia renovável. O Brasil precisa disputar esse mercado para se manter competitivo. Se não fizermos isso, perderemos nosso espaço na economia mundial", destaca.

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A entrevista de Aloizio Mercadante inaugura uma série de diálogos no podcast BrasilPod+, prometendo um olhar profundo sobre os rumos da economia brasileira. Ative a notificação e assista: 

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