247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente o Projeto de Lei da Anistia, em tramitação no Congresso Nacional, que prevê a anistia de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar denunciou o que considera uma tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de escapar de punições e recuperar seus direitos políticos.
Segundo Lindbergh, o conteúdo da proposta evidencia seu real objetivo. “Acompanhem comigo aqui o que é esse tal PL da Anistia, que virou o instrumento de Bolsonaro para tentar se safar da cadeia”, afirmou.
O texto original do projeto, apresentado ainda em 2022, concede anistia a todos os que participaram de manifestações entre 30 de outubro daquele ano e a data da entrada em vigor da lei. O projeto estabelece que a anistia abrange “crimes políticos ou com estes conexos e eleitorais” e, de forma ampla, “crimes de qualquer natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política”.
Para Lindbergh, o alcance do texto é alarmante. “Isso aqui já é um absurdo inacreditável. Naquele momento, tentavam passar uma borracha no que aprontaram após as eleições”, disse. Ele alertou que, conforme redigido, o projeto teria o efeito de livrar de punição todos os envolvidos em atos como bloqueios de estradas, acampamentos golpistas, tentativas de explosões, destruição das sedes dos Três Poderes e até planos de assassinato contra autoridades. “Ficariam anistiados todos os crimes decorrentes das manifestações antidemocráticas (...), além de outros crimes”, afirmou.
O parlamentar também chamou a atenção para a nova redação do projeto, resultado da junção de outras propostas, que passou a incluir um parágrafo ainda mais abrangente: “Fica também concedida anistia a todos que participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 08 de janeiro de 2023, desde que mantenham correlação com os eventos acima citados.”
Na avaliação de Lindbergh, a mudança torna o projeto ainda mais perigoso: “Agora fica ainda mais explícito, não tem limite temporal. TUDO que possa ter a ver com essa data, para trás ou para frente, ficaria anistiado. Não teria como punir”, criticou.
O líder do PT ressaltou que a Procuradoria-Geral da República já descreveu, em denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal, que os atos golpistas foram parte de uma trama orquestrada desde 2021, com a participação direta de Bolsonaro. Para ele, o novo texto tenta desmontar essa narrativa jurídica. “O substitutivo desse PL da Anistia é pra derrubar exatamente o que a PGR colocou no papel. Livrar TODOS os envolvidos em TUDO que aconteceu na trágica tentativa deles de destruir nossa democracia”, afirmou.
Lindbergh também fez críticas ao artigo 8º do substitutivo, que prevê a extinção dos efeitos cíveis, penais e políticos para os beneficiados pela lei. “Isso aqui parece explícito. Querem fingir que toda a articulação de Bolsonaro para desacreditar e destruir nosso sistema eleitoral (...) simplesmente não existiu”, denunciou. Para ele, o objetivo é claro: “Tornar Bolsonaro apto a concorrer nas eleições de 2026. É um escândalo.”
Encerrando sua manifestação, o deputado fez um apelo público contra a proposta. “Chega de anistia pra essa turma do esgoto, que é a mesma dos porões da ditadura, que odeia a liberdade e a democracia. Nosso país não merece isso. O povo brasileiro não merece isso. Nós não vamos aceitar. É #semanistia”, concluiu.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Acompanhem comigo aqui o que é esse tal PL da Anistia, que virou o instrumento de Bolsonaro para tentar se safar da cadeia. Vou destacar uma parte do projeto original, apresentado ainda no final de 2022: “Art. 1º Ficam anistiados manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos…&mdash; Lindbergh Farias (@lindberghfarias) <a href="https://twitter.com/lindberghfarias/status/1911165072115990639?ref_src=twsrc%5Etfw">April 12, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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Otávio Rosso

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Brasil

Lindbergh diz que PL da Anistia é uma “aberração” para tentar salvar Bolsonaro

247 - O coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, defendeu que o governo do presidente Lula (PT) não abra negociações para um acordo pela anistia dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Membros do PL e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos - PB), tentam costurar um acordo com o governo e com o Supremo Tribunal Federal (STF) para encontrar uma alternativa ao projeto de lei que concede anistia aos golpistas, o PL da Anistia. As informações são da <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2025/04/grupo-juridico-alinhado-a-lula-critica-discussao-do-governo-sobre-anistia.shtml">Folha de S. Paulo</a>.
Carvalho afirmou que o Prerrogativas não vai aceitar um acordo. "O grupo não vai aceitar nenhum tipo de pactuação do Parlamento e do governo com aqueles que defendem redução de penas ou anistia. Não há espaço para isso. Não podemos permitir que vulgarizem os episódios de 8 de janeiro e tentem transformar os atos violentos contra as instituições em uma espécie de passeio no parque", afirmou.
O coordenador do Prerrogativas defendeu que possíveis revisões sobre os casos dos condenados pelo 8 de janeiro sejam feitas pelo Judiciário."Se houver qualquer tipo de exagero em algum tipo de pena para um indivíduo, que isso seja discutido no âmbito próprio, que é o sistema de justiça, no STF", explicou. Para Carvalho, "qualquer tentativa de acordo é uma vergonha".
"A sociedade civil tem que reagir. Esperamos que o governo não atue na perspectiva de amenizar a situação. Se o governo estiver trabalhando nisso, temos uma diferença que é insuperável", completou.

‘Qualquer tentativa de acordo pela anistia é uma vergonha’, diz Prerrogativas

247 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que deve passar por uma nova cirurgia após sofrer fortes dores abdominais em viagem ao Rio Grande do Norte na última sexta-feira (11), informou a<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-diz-que-deve-passar-por-cirurgia/"> CNN Brasil</a>. A informação foi divulgada por ele próprio nas redes sociais.
“Em Brasília ou em São Paulo, após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia”, disse Bolsonaro. Segundo ele, as dores são consequência do evento em Juiz de Fora, durante a campanha eleitoral de 2018. O ex-presidente tem um histórico de cinco cirurgias e diversas internações.
Segundo Bolsonaro, os sintomas o pegaram de surpresa. “Ontem fui internado às pressas com dores intensas e uma forte distensão abdominal, talvez sem me dar conta da gravidade da situação”, relatou. Em outra parte da postagem, ele refletiu: “Passamos a vida prontos pra qualquer batalha: política, jurídica, eleitoral, física até… Mas às vezes o que nos derruba não é o inimigo de fora, é o nosso próprio corpo”. &nbsp;Apesar da preocupação, o ex-presidente garantiu estar “estável, em recuperação, e mais uma vez cercado por profissionais competentes”.
A transferência de Bolsonaro para Brasília está prevista para a noite deste sábado. Ele está sendo acompanhado por sua equipe médica do Hospital Rio Grande, em Natal, e pelo cirurgião Cláudio Birolini, especialista em parede abdominal, que viajou de São Paulo especialmente para a ocasião. A informação foi confirmada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) e pelo próprio hospital.

Redação Brasil 247

Bolsonaro diz que deve passar por cirurgia após sentir dores

247 – O Supremo Tribunal Federal (STF) começou, nesta sexta-feira (11), o julgamento de mais sete acusados de envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Entre os réus está Diovana Vieira da Costa, balconista do Rio Grande do Sul.
O julgamento ocorre no plenário virtual do STF. O caso de Diovana chamou a atenção após a Defensoria Pública da União (DPU) acusar a Corte de cerceamento de defesa. A balconista queria apresentar como testemunha o motorista do ônibus que a levou a Brasília para os atos antidemocráticos, dizendo que ele poderia comprovar que ela não participou dos ataques. Diovana, contudo, teve o pedido negado. A balconista havia sido detida em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, em 9 de janeiro.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação de todos os réus, incluindo Diovana. No entendimento do relator, ela deveria cumprir pena de um ano de reclusão, além de pagar 20 dias-multa no valor de meio salário mínimo vigente na época dos ataques antidemocráticos e R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

Bianca Penteado

STF começa a julgar mais sete réus por participação no 8 de Janeiro

Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - Os quatro países do Mercosul poderão ampliar a lista de exceções à tarifa externa comum (TEC) do bloco em até 50 códigos tarifários, de acordo com uma decisão tomada nesta sexta-feira durante reunião de chanceleres do bloco, em Buenos Aires.
Segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, a decisão foi tomada devido aos "desafios do contexto internacional", em meio à instabilidade geopolítica causada pela nova onda de tarifas comerciais implementada pelos Estados Unidos.
De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, a ampliação das exceções foi pedida pela Argentina mas houve concordância dos demais países, já que todos os membros do bloco foram atingidos pelas tarifas norte-americanas e estão em processo de negociação.
A alteração permitirá que os países aumentem ou diminuam as tarifas praticadas para até 50 novos produtos, de acordo com o interesse local. Isso permitirá, por exemplo, a adoção de novas taxas, no caso da opção por uma reciprocidade, ou a redução, no caso de uma negociação com os norte-americanos que envolva a retirada de tarifas.
Atualmente, o Brasil tem direito a 100 exceções à TEC, assim como a Argentina. Já o Uruguai e o Paraguai, economias menores, têm um número bem maior, em torno de 400. Mas a ampliação será igual para todos, de 50 produtos.
A partir da decisão, cada país irá decidir quantas exceções usará e quais produtos devem ser incluídos. No caso do Brasil, a decisão passará pela aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

Luis Mauro Filho

Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, Uruguai

Mercosul autoriza ampliação de exceções à tarifa externa comum do bloco

Agência Brasil - Um ambulante senegalês foi morto na tarde desta sexta-feira (11) em uma ação da Polícia Militar de &nbsp;São Paulo (PMSP) contra o comércio clandestino no bairro do Brás. O imigrante foi ajudar um colega que estava trabalhando quando policiais tentaram recolher sua mercadoria. Cercado por policiais militares (PMs), ele acabou sendo alvejado no abdome e morreu no hospital.
O imigrante estava na Rua Rangel Pestana, quando policiais tentaram recolher sua mercadoria. O rapaz tentou impedir a ação, reagindo aos PMs com uma barra de ferro. Ele acabou atingido por um policial, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Os comerciantes do tradicional bairro de comércio de São Paulo protestaram contra a ação da polícia, que teria recorrido ao uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha. A PM acompanhava uma operação da prefeitura para dispersar o comércio de ambulantes no local.
Em uma rede social, um rapaz, também senegalês, que disse ser primo da vítima, afirmou que o parente estava almoçando quando viu a PM tentando recolher a mercadoria de outro vendedor. Quando foi ajudar o colega, usou a barra de ferro contra os PMs e foi atingido pelo tiro vindo do grupo de policiais.
A Secretaria estadual de Segurança informou, em nota, que a Polícia Militar instaurou inquérito policial militar (IPM) e afastou das atividades operacionais o agente envolvido na morte de um homem de 34 anos nesta sexta-feira na Avenida Rangel Pestana.
“O homem, que agrediu um policial militar com uma barra de ferro, foi socorrido à Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu ao ferimento. A barra utilizada na agressão foi apreendida, assim como a arma do agente. A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”, diz o texto.
Sobre o caso, a prefeitura de São Paulo informa que a operação foi uma atividade delegada, custeada pela administração municipal com o objetivo de manter mais policiais nas ruas da cidade. Os policiais militares que participam da operação delegada não se reportam à prefeitura, e sim ao Comando da Polícia Militar, ligado à Secretaria de Segurança Pública.
A operação delegada é um convênio entre a prefeitura e o governo estadual para que agentes voluntários da Polícia Militar reforcem o policiamento na cidade durante suas folgas, com foco nas atividades do comércio ambulante clandestino no município.

Ambulante senegalês é morto por policial militar em São Paulo

André Richter - Agência Brasil - Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (11) rejeitar recursos de dois deputados federais e de um suplente do PL que se tornaram réus pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
Na semana passada, o colegiado iniciou o julgamento virtual de recursos protocolados pelas defesas dos deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE). Eles são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cobrarem propina para a liberação de emendas parlamentares.
Durante o julgamento virtual, além do relator, Cristiano Zanin, votaram contra os recursos os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Para o relator, as defesas buscam rediscutir a matéria. "Os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão", disse Zanin.
<h3>Defesas</h3>
Durante o julgamento no qual os parlamentares se tornaram réus, a defesa do deputado Josimar Maranhãozinho declarou ao Supremo que as acusações da PGR contra o parlamentar se "mostram frágeis e desfundamentadas".
Os advogados de Bosco Costa defenderam a rejeição da denúncia por falta de provas. A defesa afirmou ao Supremo que a acusação está baseada &nbsp;em "diálogos de terceiros e anotações manuscritas desconhecidas de Bosco".
A defesa de Pastor Gil defendeu a ilegalidade das provas obtidas na investigação por entender que o caso deveria ter iniciado no STF, e não na Justiça Federal do Maranhão. Os advogados também acrescentaram que a denúncia é baseada em "hipóteses e conjecturas".&nbsp;

STF rejeita recursos de deputados do PL que viraram réus

(Reuters) - A Petrobras informou que seu conselho de administração elegeu nesta sexta-feira Ricardo Wagner de Araujo ao cargo de diretor executivo de governança e conformidade da companhia, com efeitos a partir de 13 de abril e prazo de gestão até 2027 - o mesmo de demais membros da diretoria executiva.
A nova eleição ocorreu em virtude do encerramento do mandato do diretor executivo de governança e conformidade, disse a estatal em comunicado. Araujo atua há mais de 18 anos na administração pública como Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU).

Petrobras elege novo diretor de governança e conformidade

247 - Em meio à intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, empresas chinesas do setor de semicondutores afirmam que as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump terão impacto limitado em suas operações. A informação foi divulgada pelo South China Morning Post.​
A <a href="https://www.brasil247.com/search?term=China">China </a>elevou para 125% as tarifas sobre produtos americanos, em resposta às medidas tarifárias "recíprocas" adotadas por Trump. Apesar disso, diversas companhias chinesas de chips asseguram que suas atividades não serão significativamente afetadas.​
A Cambricon Technologies, desenvolvedora de processadores de inteligência artificial listada em Xangai, declarou que sua receita proveniente do exterior representou menos de 1% do total nos anos de 2023 e 2024. A empresa já enfrentava restrições substanciais desde sua inclusão na lista de entidades dos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA+">EUA </a>em 2022. "O recente aumento das tarifas não terá impacto substancial em nossas operações", afirmou a Cambricon.​
De forma semelhante, a Loongson Technology, especializada no design de chips, comunicou que as novas tarifas "não têm impacto negativo sobre a empresa". A companhia enfatizou seu compromisso com a pesquisa e desenvolvimento independentes de chips, sistemas de software e cadeias de suprimentos autossuficientes, além de destacar que não possui receita baseada nos Estados Unidos.​
Essas declarações refletem a resiliência das empresas chinesas de semicondutores diante das recentes tensões comerciais, indicando que medidas anteriores já as prepararam para enfrentar desafios no mercado internacional.​

Empresas chinesas de chips minimizam impacto das tarifas de Trump​

247 – Com o turismo em alta, o Brasil se prepara para sediar grandes eventos do setor em 2025 e 2026. Nos dias 21 e 23 de agosto, São Paulo recebe a 9ª edição do Salão Nacional do Turismo e o 2º Feirão do Turismo, ambos no Distrito Anhembi.
Os eventos acontecem simultaneamente e prometem reunir agências de viagem, companhias aéreas e outros parceiros do setor. Na primeira edição do Feirão, em 2024, os visitantes encontraram descontos de até 45% em hospedagens e até 30% em passagens aéreas.&nbsp;
“São eventos que vão estimular o turismo interno, especialmente com estratégias para os períodos de menor demanda, garantindo a estabilidade dos serviços ao longo do ano e, com isso, fortalecer o setor de viagens e impulsionar a economia do Brasil por meio do turismo”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Brasil sedia grandes eventos de turismo em 2025 e 2026

247 - Os presidentes dos Congressos do Brasil e do Paraguai, senadores Davi Alcolumbre e Basilio Núñez, visitaram nesta sexta-feira (11) a usina hidrelétrica de Itaipu, na fronteira entre os dois países. A visita teve como foco a segurança energética, os compromissos com a sustentabilidade e o fortalecimento das relações parlamentares bilaterais. A informação foi divulgada por Itaipu Binacional. Recebidos pelos diretores-gerais da empresa, Enio Verri (Brasil) e Justo Zacarías Irún (Paraguai), os parlamentares assistiram a uma apresentação sobre o papel socioeconômico da hidrelétrica, conduzida pelos diretores financeiros André Pepitone da Nóbrega e Rafael Demetrio Lara. “A minha vinda aqui foi com o interesse de estabelecer uma aproximação na relação interparlamentar”, afirmou Alcolumbre. “Essa integração é fundamental”, completou, ao destacar a importância de estreitar os laços entre os Poderes Legislativos dos dois países. Alcolumbre também sublinhou o impacto da usina na promoção do desenvolvimento. “Estou muito entusiasmado com o que estou vendo aqui, com a grandiosidade dessa obra feita pelo Estado brasileiro com o país irmão, que é o Paraguai”, disse. “Enquanto presidente do Senado e presidente do Congresso Nacional, chefe do Poder Legislativo brasileiro, eu quero que seja a mais exitosa possível essa relação entre os países e entre os parlamentos.” O presidente do Senado do Paraguai, Basilio Núñez, também ressaltou a relevância da visita e o bom entendimento com o colega brasileiro. “Paraguai e Brasil são repúblicas irmãs. Mais que diferenças, temos que ter coincidências”, disse. Núñez lembrou que, embora o Paraguai tenha uma população muito menor que a brasileira, a parceria com o Brasil por meio da Itaipu tem sido essencial para o avanço de políticas públicas em seu país. Durante o encontro, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, reforçou a singularidade da usina. “É importante lembrar que só existe uma Itaipu. Itaipu é única e é modelo no mundo pelo gigantismo da obra, pelo compromisso socioambiental e pela experiência de integração entre dois países”, declarou. “Água no mundo é motivo de guerra; aqui na Itaipu é motivo de paz e união entre dois povos.” O diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún, classificou o encontro como um marco. “Hoje estamos vivendo uma verdadeira festa da integração, com a presença dos presidentes dos Senados do Brasil e do Paraguai, que vieram conhecer de perto o que é Itaipu e, ao mesmo tempo, dialogar sobre esse tema que chamamos de diplomacia parlamentar.”  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250411180448_2ade21f0757ea7a72073fdb0e4b6ddaa9401ff5ba4c8140dbefab894b4acc163.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250411180448_2ade21f0757ea7a72073fdb0e4b6ddaa9401ff5ba4c8140dbefab894b4acc163" data-rendition-name="original" width="1600" height="1066" loading="lazy" alt="alcolumbre-enio-verri-itaipu"><figcaption>Da esquerda para direita, Davi Alcolumbre, Enio Verri, Justo Zacarías Irún e Basilio Núñez. (Photo: William Brisida/Itaipu Binacional)</figcaption></figure>  Outro destaque da visita foi a apresentação dos aspectos técnicos, jurídicos e financeiros da empresa binacional. Os diretores André Pepitone e Rafael Demetrio Lara explicaram como funcionam os mecanismos de governança e controle interno da companhia, incluindo auditorias externas e internas, ouvidoria e uma assessoria de compliance que seguem padrões internacionais, como os da Lei Sarbanes-Oxley (SOX). Pepitone também falou sobre os efeitos positivos do acordo firmado entre os governos brasileiro e paraguaio em abril de 2024. Com aportes de US$ 301 milhões na Conta de Comercialização gerida pela ENBPar, o entendimento permitiu que a tarifa de energia da Itaipu se tornasse mais competitiva. “Avaliando o histórico da Tarifa de Repasse da Itaipu e as tarifas das usinas cotistas, constata-se que a Itaipu passou a ter uma tarifa competitiva, contribuindo para a modicidade tarifária no Brasil”, destacou. Ele acrescentou que a aprovação das demonstrações contábeis de 2024 pelo Conselho de Administração da empresa reforça a transparência, a sustentabilidade e a solidez financeira da hidrelétrica, consolidando sua importância estratégica para os dois países.

Aquiles Lins

Presidentes dos Congressos do Brasil e do Paraguai, senadores Davi Alcolumbre e Basilio Núñez, se reúnem em Itaipu 

Presidentes dos Congressos do Brasil e Paraguai visitam usina de Itaipu e fortalecem relações bilaterais

247 - A organização <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Human+Rights+Watch+">Human Rights Watch </a>(HRW) acusou nesta sexta-feira (11) os governos de El Salvador e dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, de realizarem "desaparecimentos forçados e detenções arbitrárias" de pelo menos 200 venezuelanos. A denúncia foi publicada pela agência AFP.
Segundo a ONG, os detidos foram enviados pelos EUA a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=El+Salvador">El Salvador</a> em 15 de março e estão atualmente no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), uma megaestrutura carcerária conhecida pelas duras condições a que submete seus internos. De acordo com a HRW, entre os deportados estão mais de 100 pessoas acusadas de integrar a organização criminosa Tren de Aragua — classificação feita com base na antiga Lei dos Inimigos Estrangeiros, de 1798, um dispositivo raramente utilizado e que costuma ser ativado apenas em contextos de guerra.
Em nota oficial, a diretora da Divisão das Américas da Human Rights Watch, Juanita Goebertus, classificou o episódio como uma grave violação de normas internacionais: “Esses desaparecimentos forçados constituem uma grave violação do direito internacional dos direitos humanos”. Ela acrescentou ainda: “A crueldade dos governos dos Estados Unidos e de El Salvador deixou essas pessoas fora da proteção da lei e causou imensa dor às suas famílias”.
A HRW exige que as autoridades revelem com urgência a identidade dos detidos, os fundamentos jurídicos de sua detenção e que permitam o contato deles com familiares e advogados. A ONG relata ter enviado uma carta oficial ao governo salvadorenho, mas afirma que não obteve resposta.
Segundo o relatório, os venezuelanos permanecem incomunicáveis desde que foram levados ao país centro-americano. Os parentes entrevistados — um total de 40 familiares — disseram que foram informados por autoridades norte-americanas de que seus entes queridos seriam “devolvidos à Venezuela”. Contudo, ao investigarem por conta própria, descobriram pistas do real paradeiro em vídeos divulgados pelo governo de El Salvador, na ausência de informações nos registros do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA) ou por meio de listas publicadas pela emissora CBS News.
“Ninguém deveria ter que juntar pedaços de informações da mídia ou interpretar o silêncio das autoridades para descobrir onde estão seus familiares detidos”, criticou Goebertus, em tom de protesto.
A situação ganhou respaldo público por parte da secretária de Segurança Interna dos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA">Estados Unidos</a>, Kristi Noem, que visitou o presídio salvadorenho em março. Segundo declarou à plataforma Axios, ela afirmou estar “convencida de que as pessoas que estão lá devem estar lá e deveriam permanecer lá pelo resto de suas vidas”.
O Centro de Confinamento do Terrorismo, criado sob a administração do presidente Nayib Bukele, abriga milhares de presos acusados de integrar grupos como a MS-13 e o Tren de Aragua — ambos classificados como organizações terroristas pelo governo dos Estados Unidos.
A Human Rights Watch reforça o pedido para que as autoridades salvadorenhas informem o paradeiro exato dos detidos, tornem pública a eventual base legal para sua prisão e assegurem que tenham acesso ao mundo exterior. Até o momento, contudo, o silêncio institucional permanece.

Prisioneiros venezuelanos deportados dos EUA chegam a cárcere de El Salvador 

ONG denuncia desaparecimento forçado de mais de 200 venezuelanos enviados pelos EUA a prisão de Bukele

247 – O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (11), para condenar mais 17 réus acusados de envolvimento nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participarem do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação dos réus, sendo acompanhado por Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Na divergência, os ministros André Mendonça e Nunes Marques votaram pela absolvição dos réus.
No entendimento do relator, 16 dos acusados deveriam cumprir pena de um ano de reclusão, além de pagar 20 dias-multa no valor de meio salário mínimo vigente na época dos ataques antidemocráticos e R$ 5 milhões por danos morais. Para um dos réus, a punição foi de dois anos e cinco meses de reclusão, somados à multa.
Apesar das condenações, a pena de reclusão pode ser substituída por liberdade caso o réu aceite medidas alternativas. Entre elas estão a prestação de serviços comunitários, participação em cursos sobre democracia e golpes de Estado, além da suspensão de passaportes e da revogação do porte de arma de fogo.