PF: Valdemar Costa Neto sabia que não havia evidências de fraude nas eleições de 2022

247 - A Polícia Federal teve acesso a mensagens que indicam que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi alertado sobre a falta de provas de fraude nas eleições de 2022. Peritos particulares contratados pelo partido enviaram essa constatação ao dirigente após a votação do segundo turno. A informação foi publicada nesta sexta-feira (27) pela CNN Brasil.

Mesmo com a falta de provas, a coligação de Jair Bolsonaro (PL) questionou a vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em novembro de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido contestar a segurança do sistema eleitoral brasileiro. 

Durante sua gestão, Bolsonaro tentou transmitir à população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava o governo. O ex-presidente defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição.

Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou que o político de extrema-direita consultou militares para saber como poderia ser aplicado um golpe de Estado no Brasil.

Em 2024, a PF iniciou a Operação Tempus Veritatis ("A Hora da Verdade"), com o objetivo de obter mais detalhes sobre o plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Atualmente, Bolsonaro está inelegível por disseminação de fake news. Em 2022, ele fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.